sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

As ânsias de ansiar!

... De Repente como se o sono fosse interrompido ao meio, de um misto de sonho e pesadelo, acordei...
Nem sei que horas da madrugada eram, apenas me vi num lugar desconhecido, sem auxilio, sem qualquer pessoa que pudesse me salvar...
Não sei ao certo do que eu precisaria  ser salva, apenas sei, que era a necessidade daquele momento...
Nunca havia sido atingida por aqueles sentimentos...
Nunca refém!
Nunca frágil!
Nunca a mercê dos meus medos, que maiores ficaram e voltaram para brincar.
Nunca com tanta intensidade, e não havia proteção...
Clamei baixinho para Deus...
Clamei...
Tentei confessar versículos que ainda haviam guardados no meu coração, tentei cantar as canções de louvores, mais conhecidas pela minha alma, as que cantei a vida toda.
_Misericórdia!
_Declaro que minha mente é cativa a obediência de Cristo.
_Sangue de Jesus tem poder!
Falta de fé, falta de crença, falta de tudo.
Nada mais me restava.
Medo e confusão!
Um turbilhão de emoções...
Mais era o ar...
O ar que insistia em não chegar nos meus pulmões, mesmo eu sabendo que ainda estava respirando...
Mais o ar, não vinha...
Puxava, e ele ficava e cada vez mais rarefeito.
Eu precisava ir embora...
Recolher todas as minhas coisas, de certo quando eu entrasse no carro para voltar para casa, fosse passar...
Ir embora era a necessidade de mais sobrevivência que senti na minha vida, e contei cada dia que passei ali, lutando para tentar sorrir, em meio a tanta dor e desespero.
Eu tinha medo de sentir!
Eu tinha medo de surtar!
Eu tinha medo de não sobreviver para contar!
Eu tinha medo de não ter mais o que construir!
Eu tinha medo da minha fé morrer!
Eu tinha medo de nunca mais voltar....
Mais a sensação não passava...
Levantei...
Não havia quem eu pudesse chamar...Não havia quem pudesse ouvir...
Porque não se explica o inexplicável.
Andei, tentei respirar, tentei ser racional, tentei ser cheia de fé, tentei ser segura. Rui!
E sensação parecia física, mais eu sabia que ela era mental.
Eu respirei, e respirei...
Adoeci! Valores, conclusões, inseguranças.
Tentei me certificar que estava tudo bem...Mais não sei se sobrevivi...Ou se apenas permaneci de olhos abertos.
Só sei que desde então meus medos ficaram maiores, e insistiram em mandar em mim...
E eu luto bravamente contra eles, sozinha.
Reservo o direito de não narrar metade dele aos outros.
Desisti da metade das pessoas ao meu redor.
Joguei milhares de sonhos pro papel.
E talvez eu apenas busque viver, sem ansiar...
Sem nada que possa me causar Ansiedade!

Aos 29/12/2017